Sempre que há um “escape” do conteúdo gástrico, formado na sua maioria pelo suco gástrico, para cima em direção a garganta ocorre um refluxo. Devido ao conteúdo do suco gástrico ser na sua maioria ácido, a sensação é de queimação, ou de “acidez”, azia ou o “azedo na garganta”.
Quando se torna freqüente, está na hora de procurar seu médico para uma investigação detalhada. Isto pode ocorrer devido a uma frouxidão na transição entre o esôfago e estômago (boca do estômago) onde se localiza o esfíncter inferior do esôfago. Esta “frouxidão” pode ser em grau maior demonstrando Hérnia Hiatal.
Define-se por Hérnia Hiatal um deslizamento da porção inicial e superior do estômago em direção para o tórax. Sempre que houver hérnia hiatal haverá refluxo. Porém, o refluxo pode ocorrer sem Hérnia Hiatal.
Dentre os exames, a endoscopia nos fornece visualização direta do esôfago, estômago e do inicio do intestino (Duodeno).
O estudo radiológico ou rx do esôfago, estômago e duodeno é exame complementar importante, dando informação sobre a forma, presença de hérnia de hiato e do próprio refluxo.
A manometria esofágica fornece informação sobre o funcionamento do esôfago, o que ocorre quando engolimos o alimento.
A phmetria esofágica fornece informação sobre número e quantidade de ácido que “escapa” do estômago para o esôfago, o REFLUXO.
A impedanciophmetria fornece informação sobre todos os tipos de refluxo, os ácidos e não ácidos.
O tratamento é realizado com medicamentos e mudanças do hábito alimentar.
Quando não se consegue resultado adequado com estas medidas a cirurgia é uma opção.
Na cirurgia realiza-se um fechamento desta frouxidão, através da chamada fundoplicatura, que consiste em confeccionar algo como uma pequena gravata (válvula anti-refluxo), sendo ajustada para impedir que o refluxo ocorra.
Download do arquivo: Anormalidades motoras e pressóricas no corpo do esôfago em pacientes com hérnia hiatal e esofagite, antes e após tratamento cirúrgico anti-refluxo.